Moradia da Torrinha

Na fachada da rua do referido edifício, serão redesenhados os vãos (que entretanto tinham sido alterados - Licença n.º 580/1961; Licença n.º 679/1963 e Licença n.º 146/1973) e as caixilharias serão em madeira pintadas com tinta de esmalte, tomando como referências para o seu desenho e pormenorização o projeto da Licença n.º 270/1939, a fotografia de 1961 que consta na Licença n.º 580/1961 e os elementos existentes no segundo andar, recuado. Do mesmo modo, serão respeitados os desenhos formados por pequenos ressaltos no reboco e que contribuem para acentuar os jogos volumétricos da linguagem adotada por Viana de Lima. No sentido de manter a leitura dos diferentes prédios e a individualidade do M104, serão ainda analisadas as camadas de pintura dos paramentos deste edifício procurando identificar o esquema cromático adotado em 1939, para o repor tanto quanto possível. Dentro da mesma lógica, o edifício vizinho terá um revestimento diferente do M104 (azulejo biselado azul). O piso recuado terá o acabamento em chapa de cor cinzenta escura de forma a integrar todo o conjunto (como já foi referido).

De forma diferente, a fachada de tardoz, resulta da intersecção de dois volumes resultantes dos dois alinhamentos (o alinhamento dominante e o avanço na construção existente).

A proposta aponta portanto para um desenho mais limpo e claro do polígono de implantação, minimizando a dimensão das reentrâncias e conferindo um desenho mais adaptado às diferenças topográficas de altimetria entre patamares e logradouros contíguos. Na área de logradouro e ao nível do rés-do-chão prevê-se uma edificação que não vai para além dos 20% da área de logradouro livre. No primeiro piso é respeitado o afastamento existente a poente e nascente e os restantes pisos superiores respeitam o alinhamento dominante.

Prevê-se também a edificação de um anexo com cerca de 50 m² cujo polígono de implantação coincide com os anexos que actualmente existem no logradouro.